quinta-feira, 25 de junho de 2015

ROSA PRETA
Seh M. Pereira
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Nasci sem
porte e desprovido
de

beleza.. Sem esses atributos..! Sou, só,
mais um  
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imperfeito; a espera do tento,
vida comum. Nem sempre corro pelo
certo.
Amarro-me em
Jesus Cristo, mas a outra

face
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não entrego..! Respeito meu codinome Rosa Preta..! Não nasci
em berço de ouro.
Ouro de tolo,

não me convém!.. Sem um puto no bolso.. Sou, só,
mais um imperfeito..
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A espera do tento, vida comum.

Nem sempre ajo de
uma forma politicamente correta..!
Sei que
não posso ser assim, mas
vou tentando ser.. Respeito meu
codinome
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Rosa Preta..!
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sexta-feira, 12 de junho de 2015

TÍLBURI
Seh M. Pereira
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ao mesmo riso: um
outro

recém,
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mais anterior do que consta em minha certidão de
idade, e

sua
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canção. eu também já observava-o; e

sua reza versada
continua foi me estendendo
a mão.
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destinos formigantes em mim..
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agradeceu-me por
tê-lo
recebido com
os

olhos.
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se foi

como quem não
parte, ou
parte mas deixa algo; sorriu-me..
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sorri com os
olhos, e me parece que
todos me olham..

sorri
.
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com os olhos, e me
parece

que todos me olham ao mesmo passo.. meus
olhos têm o
seu

nome, viu..
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ao mesmo riso: meu
recém

chegado ao centro dos meus olhos. equilibrando-se
por sobre o seio, para me ver. eu já
olhava-o, e quando me
viu
.

este nato também me sorriu..! meu
olhos têm o seu nome.. sorri com os olhos, e me
parece que todos me
olham..
.

sorri com os olhos, e me
parece que

todos me
olham
ao mesmo passo; ao
mesmo riso..

ao mesmo riso:

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meus olhos têm seu nome, viu..
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sexta-feira, 5 de junho de 2015

NAFTALINA
Seh M. Pereira
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seu nome

não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei
o bordado da naftalina..
dei os

nós, e
no laço da fita rendo-me..
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e eu aqui
com
.

essas minhas inúmeras
mãos, de dedos em figa..
e eu

aqui, com esses
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vários
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e vários detrás dos
pés, e a gira dos ponteiros que
continuam

dando-me voltas..
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e eu aqui
feito

um eixo que segue seu
destino em ser
ferrugem, mas não
paro..
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e nato;
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nato, nato..

é ao seu nome que
reajo
em todos os meus partos..
descosturei seu
.
.

nome na
boca
do sapo, e
adentrrei
o céu..
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e eu aqui

carregando sobre os
pulsos, inúmeros nós nas fitas
com seu nome
bordado..
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.
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seu nome não foi
feito pra ficar, na gaveta, guardado.. tirei o
bordado da naftalina..
dei

os nós, e no laço da fita rendo-me..
.
.

e eu aqui

trocando confidências com meu
espelho-falado; e gotas
do mudo-raso
.
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de minhas crenças.. e eu
aqui com
.

meu joelho-vesgo;
rezando ao meu, e ao santo
de sua casa..
e parto;
.
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é ao seu
nome
que
reajo aos
meus
.

natos..
.
.

descosturei seu
nome na
boca do sapo, e adentrei

o céu..
.
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